NACIONAL SOCIALISMO
Eu resumiria o nacional-socialismo em três verbas: “mocidade classe media contra-revoluçom”.
A reacçom vital da naçom alemã, empeçonhada polo fomento marxista, comesta polos judeus, esmagada polo capitalismo internacional e polos vencedores de Versalhes e que se quer ceivar pola uniom e o sacrifício na ideia da Pátria encarnada no Estado.
Num programa de reivindicaçons económicas que se fam nacionais, assume o sentimento imortal da grã raça germánica, o idealismo do Estado, que vem da filosofia clássica postkantiana, o imperialismo que vem desde Carlomagno deica Guilherme II.
Tem a forma ofensiva, algo plevea, do fascismo, do futurismo, de certos movimentos de mocidade; tem um orgulhoso desprecio polos credos social-revolucionários que entre nós gozam de tanto respeito; tem certo seguro afincamento em essências tradicionais; tem o valor de nega-lo porvir ao comunismo.
E com isso tem já de abondo para vir a mostrar, medrando de dia em dia, em número, em força e em audácia, que o porvir do mundo nom está no que aguardam uns e temem outros dos dous bandos em que semelha dividido o mundo moderno.
É ainda umha proba de que a mocidade nom é, como antes dizia-mos, necessariamente revolucionária ao jeito que a quiseram os avançados espanhóis. Esta mocidade prepara-lhes grandes surpresas às esquerdas, principalmente às peninsulares, que a julgam por Remarque e por Doeblin, porque som os que a eles lhes simpatizam, e como quiseram que foram todos. Mais já se vai vendo que nom o som.
Aqui mesmo, a carnagem contra do nacional-socialismo é feroz. Muitos limitam-se a censurarem as suas formas epilépticas, sem terem em conta a lei dos opostos, que requer que a umha epilepsia tenha que responder outra epilepsia, a umha barbárie outra barbárie. O nacional-socialismo é tam filho do nosso tempo coma o comunismo eslaviçado, e tem que adopta-las formas do tempo em que vive. O nacional-socialismo é alemão, ademais, e os alemãs tendem à exageraçom, ao excessivo, à violência, nativamente.
Com todo, tem de abondo para ser bom, com sê-la única força que na Europa de hoje se pode opor com eficácia ao marxismo.
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